sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Sinto, Vejo e Oiço



Sinto tristeza profunda
Mas nada sinto.
Vejo tudo misturado
Mas nada vejo.
Oiço sussurros terríficos
Mas nada oiço.

Sinto que não sinto
E esse sentimento transmite-se
Ah, transmite-se infinitamente.
Invade-me sem que me aperceba,
Apesar de me aperceber de tudo.

Vejo o que não quero ver
E essa visão afecta-me.
Ah, afecta-me espontaneamente.
Rodeia-me sem que me aperceba,
Embora eu me aperceba de tudo.

Oiço aquele, aqueloutro, e outro ainda.
Oiço tudo, simultânea e momentaneamente.
Oiço tudo, apesar de nada ouvir,
Oiço tudo, apesar de nada interiorizar…

Sinto, vejo e oiço tudo o que me rodeia
Apesar de ser o nada a rodear-me….

(Há dias assim…)

5 comentários:

  1. Gostava que escrevesses um texto sobre o que te faz dizer que és do Peso da Régua. Tens alguma crise de identidade?... renegas as tuas origens?... Ou é mais "Chique" pertecer à Régua???????????

    ResponderExcluir
  2. Antes de mais nada, Boa tarde!
    Eu não renego as minhas origens (ao contrário de si, que renega a sua identificação...)...
    Digo que sou do Peso da Régua porque aqui pede cidade e, que eu saiba, Santa Marta de Penaguião é uma Vila e, Mafómedes, uma aldeia... Mas pronto, eu ignoro este comentário menos apropriado...

    ResponderExcluir
  3. Ta lindo o poema .. Adoro como escreves futura madrinha :p
    Quando o li fez.me lembrar os meus .. senti tudo o que escreveste
    Bjnheee e continua assim :)

    ResponderExcluir
  4. Há gente muito estúpida, e pior, que não dá a cara, mas a isto chama-se dor de cotovelo. É que a inteligência não se compra, ou se tem ou não se tem!

    Quanto ao texto, pequenina, está lindo como todos os outros!

    ResponderExcluir
  5. Jo, tens toda a razão nas duas situações :)

    ResponderExcluir