quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A busca pelo meu horizonte...


Nunca olhei para as coisas como estou a olhar, neste momento; Nunca pensei olhar para as coisas como estou a olhar, neste preciso momento; Nunca pensei sequer nisto, mas a verdade é que a despedida apenas é a separação entre pessoas que estiveram juntas. Desta forma, se esta custa muito, é porque foi bom estar junto… Se esta, pelo contrário, não custa assim tanto, ou é porque as pessoas envolvidas lidam bem com a situação ou porque não foi assim tão bom o tempo em que estiveram juntos… Eu prefiro acreditar na primeira hipótese destas duas últimas… No entanto, imagino-me nessa situação e aposto que me iria custar muito, pura e simplesmente porque sinto de mais, porque vivo demasiadamente com os sentidos… Eu só sei ser assim…
Desespero, tristeza, vazio… todas estas sensações são fruto de separação, seja ela temporária ou para sempre. Mas “para sempre” é tanto tempo… Já não sei muitas vezes distinguir o para sempre do momentâneo, já jurei que seria para sempre e foi apenas por dias, já jurei que não seria nem um dia e durou… Durou quê? Temporariamente? Eternamente? Momentaneamente?
Tanto que se fala do tempo, tanto que se observa o tempo a passar, tanto que se desespera com a sua passagem, tanto que se conta os dias e que se sofre com a sua passagem, tanto que não se sabe descrever, tanto que há por descrever, tanto que há descrito mas… Apesar da descrição há muito por entender, por decifrar…
Sentir… Até que ponto este acto é favorável? Até que ponto é o melhor para nós? Seria mais simples se fossemos motores ou máquinas ou qualquer coisa que não sentisse… Mas assim toda a gente seria igual, certo? Não seria o ideal… Mas também, o que é o ideal? Eu não sei e, quem souber, que avance o primeiro passo, que mostre a sua sabedoria…
Difícil tudo isto… Difícil entender, lidar, ultrapassar… Seremos nós a complicar ou apenas a constatar que há complicações envolvidas?
Tantas perguntas e tantas respostas. Tantas perguntas e respostas soltas, sem destino, sem lugar, sem coordenadas…
Tanto por descobrir… Amanhã por esta altura já será outro dia, mais um dia, mais umas horas (ou menos, depende do ponto de referência)… 
Tudo isto para encontrar o meu horizonte…

Agosto de 2010 



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