sábado, 16 de outubro de 2010

O meu arraial... O meu arraial subjectivo...

Cores, sons… Imagens, sensações… Sentidos, é disto que se trata…
Vejo muitas cores, ouço diversos tipos de som, sinto que não devia sentir… Sinto que não sinto o essencial… Já vejo movimentos, reviravoltas, piruetas no ar! Vejo cor, mas desta vez muita cor, e oiço muito alto! As piruetas aumentam, a excitação demonstra-se, a luminosidade ilumina tudo… tudo menos a mim… Eu vejo cor, mas não me sinto colorida… Muita cor, agora!
Sinto-me como uma criança no primeiro dia de escola… E por momentos revivi a minha entrada nela… Revivi a noite em que chorei desesperadamente… Com medo de falhar? Com medo que falhassem comigo? Com medo do que me esperava? Com medo da mudança? Simplesmente com medo… Com um vazio dentro de mim…
Lembro-me como se fosse agora, da minha mãe sentada do lado de lá da cama e comigo entre as pernas… A minha irmã também lá estava, ora sentada na cama, ora de pé… Ora séria, ora a rir-se da situação… E eu, pobre de mim, naquele momento chorava sem fim…
Lembro-me da minha primeira mochila e do quanto gostava dela… Era azul e tinha representado os 101 dálmatas! Oh, como gostava daquela mochila… Lembro-me de sair de casa com ela às costas e lembro-me de entrar na escola… Lembro-me, como se fosse agora, que era pequenina… Tão pequenina que o professor agachado ficava da minha altura ou ligeiramente mais baixo… Tinha barba meia branca, meia escura… Tinha carinho, eu lembro-me disso! Gostava dele, gostava muito dele…
Se era feliz? “Era feliz sem saber”… Mas agora sei que o era…
Ai, o som continua, e cada vez mais forte, cada vez mais vincado, cada vez mais frequente e cada vez mais penetrante! Sentia-o além, agora sinto-o aqui! Vou ver! Tons de bege e agora… muita luz! Um grande clarão entra pela minha janela e ilumina a minha sala… É o arraial, é o arraial de cores e de sons…
Cessou… Cessou como tudo o que acontece nas nossas vidas… Cessou deixando um rasto… Um rasto que permanecerá por longos tempos…



quarta-feira, 13 de outubro de 2010

As sensações do arrependimento

De que cor é o meu pensamento? Que odor tem a minha tristeza? Que objecto simboliza a minha alegria? Que sensação causa a minha reflexão? Que sentimentos são reflectidos pela minha mente? E que sabor tem o meu arrependimento?
Que cor tem a noite? E que cor tem o dia?
 Todos nós associamos o preto à noite; mas porquê? E porque associamos ao dia o branco? Porque sorrimos quando estamos felizes e choramos quando estamos tristes? Porque corremos quando queremos muito alcançar algo e caminhamos lentamente quando sabemos que nos aproximamos do abismo?
Inexplicáveis atitudes, não vos parece? São axiomas e, assim sendo, inquestionáveis.
E quantas vezes somos igualmente alvo de dúvida? Isto é, quantas vezes alguém questiona algo sobre nós a nós próprios ou a outras pessoas? Todos somos criticados, quer façamos isto quer aquilo. Todos temos defeitos, todos nos interrogamos, todos corremos por algo que queremos alcançar, verdadeiramente, e fugimos ou abrandamos à chegada ao indesejado… Quantas vezes temos vontade de fugir para não enfrentar isto ou aquilo? E quantas vezes o fazemos, efectivamente? Agimos como um caracol, que se esconde na sua casinha, fraco e inofensivo; agimos como criminosos. Devido a quê, afinal de contas?
Todos nós já nos arrependemos de algo que fizemos, com toda a certeza… Todos nós já tivemos vários momentos em que retroceder no tempo era um desejo enorme e, simultaneamente, irreal…
Que cor tem o arrependimento? E a que sabe este? Qual a sua rugosidade? Como ouvimos ou sentimos o seu cheiro?
Quando li o livro de José Saramago intitulado Ensaio sobre a cegueira retive uma frase sentimental, arrepiante e chocante… passo a citá-la: “ (…) se antes de cada acto nosso nos puséssemos a prever todas as consequências dele, a pensar nelas a sério, primeiro as imediatas, depois as prováveis, depois as possíveis, depois as imagináveis, não chegaríamos sequer a mover-nos de onde o primeiro pensamento nos tivesse feito parar.”; acrescenta ainda: “Os bons e os maus resultados dos nossos ditos e obras vão-se distribuindo, supõe-se que de uma forma bastante uniforme e equilibrada, por todos os dias do futuro, (…)”.
Quem não sente medo em determinados momentos da vida? Quem não tem dúvidas em determinadas alturas? Quem é que não se precipita em certas horas, sem pensar no que advirá? Mas isso é o normal das coisas, dos factos, da existência, da vida… De que adianta o martírio pessoal? De que adianta o sentimento de culpa?
Tal sensação não se controla, não é? Mas então, quem tem o controlo sobre cada um e cada qual? Para que existimos? A verdade é que não podemos viver, constantemente, numa postura baseada na culpa, na angústia, no desespero, na sensação de pecado! A força tem, obrigatoriamente, de fazer parte de cada um… Que seria de nós sem tal poder? Quanto mais sensibilidades se ultrapassarem maior o revestimento de cada pessoa…
Eu sou forte, tu és corajoso, ele é destemido… Nós somos capazes, vós sois aptos e eles são revestidos com uma cobertura chamada de amabilidade e valentia…


sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Sinto, Vejo e Oiço



Sinto tristeza profunda
Mas nada sinto.
Vejo tudo misturado
Mas nada vejo.
Oiço sussurros terríficos
Mas nada oiço.

Sinto que não sinto
E esse sentimento transmite-se
Ah, transmite-se infinitamente.
Invade-me sem que me aperceba,
Apesar de me aperceber de tudo.

Vejo o que não quero ver
E essa visão afecta-me.
Ah, afecta-me espontaneamente.
Rodeia-me sem que me aperceba,
Embora eu me aperceba de tudo.

Oiço aquele, aqueloutro, e outro ainda.
Oiço tudo, simultânea e momentaneamente.
Oiço tudo, apesar de nada ouvir,
Oiço tudo, apesar de nada interiorizar…

Sinto, vejo e oiço tudo o que me rodeia
Apesar de ser o nada a rodear-me….

(Há dias assim…)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A busca pelo meu horizonte...


Nunca olhei para as coisas como estou a olhar, neste momento; Nunca pensei olhar para as coisas como estou a olhar, neste preciso momento; Nunca pensei sequer nisto, mas a verdade é que a despedida apenas é a separação entre pessoas que estiveram juntas. Desta forma, se esta custa muito, é porque foi bom estar junto… Se esta, pelo contrário, não custa assim tanto, ou é porque as pessoas envolvidas lidam bem com a situação ou porque não foi assim tão bom o tempo em que estiveram juntos… Eu prefiro acreditar na primeira hipótese destas duas últimas… No entanto, imagino-me nessa situação e aposto que me iria custar muito, pura e simplesmente porque sinto de mais, porque vivo demasiadamente com os sentidos… Eu só sei ser assim…
Desespero, tristeza, vazio… todas estas sensações são fruto de separação, seja ela temporária ou para sempre. Mas “para sempre” é tanto tempo… Já não sei muitas vezes distinguir o para sempre do momentâneo, já jurei que seria para sempre e foi apenas por dias, já jurei que não seria nem um dia e durou… Durou quê? Temporariamente? Eternamente? Momentaneamente?
Tanto que se fala do tempo, tanto que se observa o tempo a passar, tanto que se desespera com a sua passagem, tanto que se conta os dias e que se sofre com a sua passagem, tanto que não se sabe descrever, tanto que há por descrever, tanto que há descrito mas… Apesar da descrição há muito por entender, por decifrar…
Sentir… Até que ponto este acto é favorável? Até que ponto é o melhor para nós? Seria mais simples se fossemos motores ou máquinas ou qualquer coisa que não sentisse… Mas assim toda a gente seria igual, certo? Não seria o ideal… Mas também, o que é o ideal? Eu não sei e, quem souber, que avance o primeiro passo, que mostre a sua sabedoria…
Difícil tudo isto… Difícil entender, lidar, ultrapassar… Seremos nós a complicar ou apenas a constatar que há complicações envolvidas?
Tantas perguntas e tantas respostas. Tantas perguntas e respostas soltas, sem destino, sem lugar, sem coordenadas…
Tanto por descobrir… Amanhã por esta altura já será outro dia, mais um dia, mais umas horas (ou menos, depende do ponto de referência)… 
Tudo isto para encontrar o meu horizonte…

Agosto de 2010 



terça-feira, 5 de outubro de 2010

Porque acaba por nos paralisar...


Toca o despertador, levanto-me como que pressionada a isso, encaro um novo dia… Despertei de um período surreal mas com algum poder psicológico e tocante… Porque realmente ele toca-nos muito quando, de repente, ao comprar o bilhete de autocarro, nos lembramos do quão bom ou quão mau seria se aquilo fosse efectivamente real… Como se tudo o resto à minha volta não existisse fico incrédula e com o dinheiro na mão, enquanto o condutor olha para mim e diz insistentemente “Menina? Menina?”, e, despertando de um outro período de reconstituição de ideias, peço desculpa pela minha reacção…ou falta dela!
Que se passou comigo naquele momento? Por que fiquei eu assim? Por que fiquei pensativa ao ponto de me submergir no meu poder interior e inato? Que sensação estranha… Parecia real… Mas não era… O tempo tinha mesmo passado, o terror tinha mesmo acontecido e permanecera no meu pensamento para sempre… Porque o que realmente nos toca fica para sempre e reaparece a qualquer momento, em qualquer circunstância, de qualquer modo, sem restrição ou problema.
É ou não verdade tudo isto? Quantas vezes pedimos para retroceder no tempo? Quantas vezes erramos sem nos apercebermos? Quantas vezes somos cruéis para nós próprios? Mesmo que conscientemente saibamos que não temos culpa do que acontece…! Mas porquê? Já estaria escrito que seria assim que teria de acontecer? Já estaria aquela linha traçada? Aquela linha à qual os sábios chamam de destino… Mas afinal o que é isso? O que é a alma? O que é o desespero? O que é a mágoa? O que é o erro? E…o que é o sonho? O que é isso? Porque tem ele tanto efeito em mim? Porque me toca tanto ele? Porque passo o dia a pensar na noite e a noite a sonhar com o dia? Andarei descontrolada ou será este o destino de pessoas como eu? Erro na vida quando lhe peço para ir, pela primeira vez, ao supermercado. Ele diz-me que tem medo mas eu insisto com ele… Para que ele se desenvolva… Mas oiço uma travagem brusca de repente…
Meu Deus! Que situação inacreditável…em milésimos de segundos, encontro-me no hospital a receber aquela informação arrepiante do médico principal… Sem reacção, caem-me as lágrimas e um muro sobre mim, pois a culpa tinha sido minha…
Mas porquê isto? Como é possível se eu nem um irmão mais pequeno tenho? Porque sonhei eu isto? Estranho como os sonhos nos fazem reflectir na realidade em que se vive… Sim, foi um sonho… não houve o atropelamento que na minha mente existiu…
Eu não sei como a maioria das pessoas é, mas sei como eu reajo ao sonho, ao pesadelo… Parece uma realidade, um tormento que não acaba, um sentimento inexplicável!
Cheguei ao destino e tive mais um dia de aulas, mais um dia a passar e mais uma noite a regressar… Que sonharei desta vez? Que ocorre na minha mente neste momento? Que se está a processar cá dentro? O terror tinha mesmo acontecido…mas onde? No meu poder de imaginação ou no meu poder de construção de sonho? Eu sei que aprendo com ele…apesar de por vezes ser capaz de me paralisar! 
Novembro de 2009

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Nada mais e nada menos do que espectadores…


Ela sente-se incapaz de ver a vida… Sente-se incapaz de rever a beleza e a maravilha de estar presente neste mundo… Pergunta-me com uma incerteza incaracterizável o porquê da sua presença naquele espaço húmido, calmo, sereno. E aí sinto-me perdida e sem capacidade de raciocinar e caracterizar, igualmente, a minha presença no mundo.
            Oiço vezes sem conta “Quem somos nós neste mundo?”, e sigo em frente com o meu pensamento, sem me questionar acerca do assunto. Agora, rebaixada ao nível da minha mente, pergunto-me se sou menos, tanto ou mais que aquela rocha que se encontra naquele ambiente de calma e serenidade, de amor e carinho, de pensamento e aglutinação de sensações e momentos.
Quem somos nós, afinal? Nascemos sem escolher e vivemos de uma maneira que por vezes não é a escolhida… Submetemo-nos às nossas capacidades momentâneas e vivemos na ânsia de ser como aquela pessoa que parece tão feliz. Mas… pode a aparência não corresponder à realidade, e talvez a pintura feita por nós não seja a pintura exacta e fiável. Quem somos nós neste mundo? Somos incapazes de seguir o caminho de cem por cento de eficácia em todos os desejos contidos no nosso coração e nos nossos sonhos. Quem somos nós? Espectadores, rochas no cimo de um monte, que observam a paisagem quando estão submetidas à imaginação de cada um. Somos aquilo que nem sempre escolhemos ser, somos aquilo que nos rodeia sem nos apercebermos, somos a realidade crua e definida… Nem sabemos se estaremos aqui dentro de uma hora! E queremos nós tanto uma agenda… Para quê? Não podemos agendar os obstáculos e os inconvenientes, eles fazem questão de aparecer sem contarmos… Entram na nossa vida a qualquer momento e de modo algum lhes podemos dizer que não podem aparecer naquela altura, porque temos algo marcado…
            Fazemos tanta questão de pensar sobre as nossas atitudes. Mas para quê? Por vezes nem vale a pena… Pensar a longo tempo, com que objectivo? Revoltarmo-nos porque seguimos um caminho errado, para nos martirizarmos? Deixarmos de fazer isto ou aquilo com medo do futuro, com medo da visão das outras pessoas? E a nossa felicidade? Para permanecer com uma mágoa, se tal tiver de acontecer, ao menos que seja por algo que se fez, e não por algo que não se foi capaz de fazer… ou por medo, ou por dúvida, ou por raciocinar de mais, ou por tentativa de ser a pessoa que nos diz para não fazer aquilo que queremos fazer…
Mas quem somos nós, afinal? Temos de ser alguma coisa! Não podemos ser nada ou ninguém… Por isso respiramos e por isso temos a capacidade de ir até ali, até além, ate ao horizonte, até ao Olimpo, até ao oásis, ate à lua e até bem dentro de nós…que é a maior distância a percorrer! Só depois desta distância percorrida deixamos de ser o nada, só aqui somos alguém capaz de mover mundos e fundos, terra e mar, homens e pedras, montanhas e planícies, maravilhas e tristezas, vitórias e derrotas, amor e ódio, carinho e repugnância. Aí vemos a luz ao fundo do túnel, a moeda ao fundo do buraco, a maturidade no pensamento e na mentalidade.
            E agora… Quem somos nós, afinal? Almas capazes de controlar por momentos as nossas vidas… Almas que vivem um dia de cada vez, almas que amam quem as rodeiam… almas que esperam pela felicidade, sentadas numa bancada…
Afinal de contas, nem depois de tudo isto deixamos de ser APENAS… espectadores e esperamos pelo espectáculo, pelo desenrolar da nossa vida…   


Sem cor...


domingo, 3 de outubro de 2010

Como ele é agora eu sei... Como será amanhã? Isso depende...

 
Encontrava-me sentada, na sala, com a persiana para cima, com vista para a rua… Estava um dia chuvoso, melancólico, triste… com umas nuvens que ameaçavam cada vez mais… tal como o mundo se transforma para muita gente: uma ameaça, um mau estar. Tinha o livro de matemática à frente e, de repente, desviei o olhar para fora… há tanta coisa que nos passa ao lado sem querer, tanta dor, tanta infelicidade, tanta angústia e desespero… e às vezes preocupamo-nos com coisinhas de nada, com uma minúcia incaracterizável.
Que acharão os que estão presos, inocentemente, das suas vidas? O que acharão os pais que não têm comida para alimentar os seus filhotes? O que acharão, do mundo, os que não vivem sem uma dependência fatal? E aqueles filhos que não podem chatear os pais com os seus problemas, porque pura e simplesmente não os têm? O que pensarão os velhotes sem família, na altura do Natal, onde a maior parte das pessoas o passa com os mais chegados? Qual será a ideia daqueles que querem estudar e não podem porque a vida é injusta e não lhes proporciona momentos de cadência? Qual será a idealização do mercado de trabalho para quem precisa de o ter e não há maneira de o arranjar? E qual a definição de justiça/injustiça daqueles que desde jovens ficam tetraplégicos, por terem um segundo mal traçado?
E preocupamo-nos nós porque temos constantemente pessoas a dar-nos opiniões? E preocupamo-nos nós porque temos muito que estudar ou trabalhar? E chateamo-nos nós porque nos faltou a água quente para tomar banho? Já chega, não? Porque não se pensa mais nos outros em vez de se ser egocêntrico?
O individualismo exacerbado não leva ninguém de encontro à paz interior… para quê praticá-lo?
A vida pode ser muito melhor desde que nós a façamos desse modo… a vida pode reflectir em nós momentos de felicidade, de amor, de alegria, de exultação, de bem-querer, de afecto, de maravilha envolvida no ar que levamos ao nosso interior… desde que sejamos aquilo que gostaríamos que fossem para nós!!! Desde que fossemos totalmente compatíveis com a harmonia estabilizadora da nossa imaginação e do nosso querer.
De repente tornou-se uma noite chuvosa, melancólica, triste… quando é que vou poder olhar para a rua e dizer: melhorou! Efectivamente, melhorou! Quando é que vou poder estar aqui, neste lugar, sentada, e alguém se aproximar de mim, entregando-me um jornal especial, onde vou poder observar a letras gordas: “TAXA DE DESEMPREGO DIMINUIU”; “TAXA DE MENDIGOS TORNA-SE CADA VEZ MAIS BAIXA”; “ORRFANATOS COM CADA VEZ MENOS CRIANÇAS”; “A JUSTIÇA FAZ-SE EM PORTUGAL”… Quando vai poder isto acontecer? Espero ainda me poder sentar sem a ajuda de alguém…
Vamos, por favor, melhorar isto? Vamos, por favor, por mais que custe, poder olhar para um dia como o de hoje, e senti-lo agradável, justo, humilde, nosso… simplesmente nosso, tal como queremos que seja a vida…nossa e perfeita…