quinta-feira, 9 de junho de 2011

Meras palavras...

“Tenho receio de como as coisas possam correr… Não quero que haja precipitação!”
Isso não acontecerá, eu sei bem o que quero… não te quero pessimista, por favor! Queres que te dê provas de algo, é?
“Não preciso de provas absolutamente nenhumas… Eu confio em ti! És importante, como nunca pensei que viesses a ser… E não estou a ser pessimista, estou apenas a tentar ter contenção…”
Os acontecimentos, as ocorrências, as coisas boas e más da vida ocorrem com uma rapidez tal, que se torna impossível travar a meio de uma decisão! A vida pode ser, de facto, cruel e repentina… Pode levar-nos a arrepender de tanta coisa… Pode encaminhar-nos para colinas, pode fazer-nos arrepender do simples facto de acreditarmos em algo que não deveríamos, de pensar que todas as outras pessoas são como acharíamos que seriam, que tudo o que nos dizem é verdade…
A vida faz-nos, muitas vezes, pensar que aquela pessoa é uma pessoa fantástica… E, por isso mesmo, ela dizia tantas vezes que ele era a melhor pessoa que tivera conhecido… Que era a pessoa mais simples, mais misteriosa, mais surpreendente… Agora, ela olha ao espelho e pensa: “Por que vi tão mal? Por que idealizei tanto? Por que ceguei, espontânea e totalmente? Por que sonhei de mais? Por que pensei que seria desta? Porquê que ainda penso que toda a gente diz a verdade? Porquê que ainda penso que toda a gente mostra o que sente, verdadeiramente?”
Ela queria tanto viver no mundo que idealiza… Ela deseja tanta coisa… Ela idealiza uma felicidade plena, um controlo totalmente emocional, um sopro de sentimentos! Dá por ela a imaginar-se, num belo dia de sol, com os olhos bem fechados e relaxados, junto a uma rocha. Nesse momento, um rasgo de vento afasta os seus cabelos, refresca-lhe a mente, rejuvenesce a sua alma… Pensa em tudo e, simultaneamente, não pensa! Surgem-lhe diversas frases na memória, mas apenas uma insiste em permanecer…
“Não imaginas o quão impensável é para mim magoar-te!”
Meras palavras? Ela não precisa delas…