domingo, 28 de novembro de 2010

Uma verdade desconhecida…

Não dizermos sempre o que queremos ou sentimos faz parte da condição humana… Está-nos intrínsecos, mesmo que digamos de umas vezes para as outras: “Nunca mais o farei”. A verdade é que muitas vezes sofremos desnecessariamente… A verdade é que nem sempre temos a coragem suficiente… A verdade é que a realidade por vezes custa… Mas, afinal, o que é a verdade? Ela nem sempre é a realidade, eu tenho a certeza. Por mais que me custe admitir… A realidade sim é a “realidade” que conhecemos. Confuso, não é? Aos vossos olhos mas aos meus, e a esta hora da noite, não… Tudo se tornou temporária e momentaneamente claro.
A verdade é tudo o que sai dos nossos corações ou das nossas cabeças? E a realidade? É algo que nos transcende… Eu acredito que há Alguém acima de nós… Eu acredito Nele! Mas não é isso que está em questão… A verdade, isso sim está a ser questionado por mim… Eu serei a verdade ou a realidade de alguém? Quem serei eu? A realidade é que sou um ser que respira mas… e a verdade? Qual a verdade da minha realidade e da minha existência? Meras palavras… Mera vontade de me descobrir… Mera vontade mas resta-me ser eu… Resta-me demonstrar a minha realidade.
Resta? Mas será isso pouco? Não… Trata-se da minha vida, trata-se de mim… Trata-se da minha identidade…
Uma vida, mil questões, mil acontecimentos, mil preconceitos, mil verdades, mil confusões, mil discussões, mil alegrias, mil tristezas, mil concretizações, mil desilusões, mil sorrisos, mil lágrimas, mil amigos, mil desconhecidos, mil fortunas, mil “1000’s”e uma só realidade… Que realidade? A única verdade concreta e definida… A única verdade considerada verdadeira…
Trata-se de uma realidade de verdades cíclicas…
Uma tontura nunca igualada, uma desordem organizada e uma correria sem igual... 


sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Escolher… Decidir…

Eu tenho uma gata… Uma gata muito linda… É a minha gata! Hoje estava ela na rua quando avistei um cão conhecido como o “caçador de gatos”; fiquei preocupada! O meu pai também e isso deu para perceber quando ele, ao reparar que estava escondida sob um carro a três metros de distância de minha casa, na esperança de ela fugir para lá sem que o cão lhe tocasse, lhe tentou “bater” com um objecto… Era para o bem dela mas foi nesse momento que o mandei parar.
É certo que ele estava a fazer aquilo para o bem da minha gata mas, por outro lado, era certo que ela estava naquele local por alguma razão… Talvez achasse mais seguro… Talvez ela achasse melhor assim! Eu entendo-a! Afinal, a quem isso nunca aconteceu?
Todos nós escolhemos entre duas ou mais situações quando assim o somos obrigados a fazer… Todos nós seguimos um caminho em virtude de outro e todos nós acarretamos as responsabilidades dos nossos actos… Todos temos pessoas a dizer que o melhor a fazer é isto ou aquilo mas nem sempre seguimos esses conselhos… Provavelmente naquela altura não são os conselhos que se desejam ouvir ou talvez as ideias já estão demasiadamente vincadas… O que é importante de realçar é que, apesar das vozes à nossa volta, nós temos sempre uma escolha, temos sempre a escolha final! Depois, cabe a cada um acarretar com as consequências mas, desta forma, já não podemos culpar este ou aquele das nossas decisões… Elas foram nossas! Elas foram tomadas por nós!
Foi o que aconteceu hoje, com a minha gata… Ela escolheu ficar ali (sentir-se-ía mais protegida? Teria a ideia de que o cão lá não a apanharia?)… Independentemente da razão, ela escolheu… E se ao sentir o objecto movido pelo meu pai ela corresse daquele sítio e fosse apanhada pelo cão? O meu pai sentiria culpa… E é isso que eu não quero deixar que aconteça… Cada um tem a sua ideia, a sua personalidade, a sua atitude… Mesmo que estejamos a falar de uma gata (que, por acaso, é a minha gata!).
Ela fez a escolha correcta… Mas certamente já escolheu erradamente… EU também já escolhi… Eu também já bati com a cabeça… Eu também já pulei de alegria pela decisão tomada… O importante é que as decisões foram tomadas por mim… O importante é que cresci com todas as decisões tomadas… O que importa é que sou eu e serei sempre assim… Decidida a tomar uma decisão! Uma decisão minha…


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Ela existirá, persistirá ou deixará de permanecer?

Estarei eu errada ou a vida tem mesmo destas coisas? Quantas vezes achamos ter feito a escolha correcta e, no entanto, esta ideia não passa de um achar? É preciso procurar em toda a parte, remexer, rebolar, desorganizar, vasculhar, ate encontrar aquilo que realmente se quer…
Ao contrário daquilo que muita gente pensa, a estrela mais brilhante não cai do céu, nós podemos é colocá-la no nosso firmamento… será que ela está lá à espera que nós a encontremos? Será que fica lá uma eternidade? Acho que não… Temos que nos despachar a procurar! Temos de ser eficientes na nossa busca e não perder nunca de vista o objectivo! Antes que seja tarde, é preciso saber-se realmente o que se quer, o que se pretende alcançar, o que se deseja e o que se acha como melhor… aquele astro importante na nossa vida pode deixar de o ser espontaneamente, se não o soubermos levar ao céu, ao nosso céu! Esta estrela espera-nos desde que nascemos, e permanece até ao momento em que começamos a reflectir nos nossos actos… a partir daí ela não fica mesmo à nossa espera! E isto porquê? Porque nada se consegue sem verdadeiro trabalho… um trabalho árduo!
A vida não passa de um conjunto de barreiras que temos de conseguir ultrapassar, caso não consigamos, somos fracos psicologicamente! Temos mentes fracas e irrealizáveis! É verdade que também pode acontecer que esta nossa estrela preciosa nos escape por entre os dedos e, como não a conseguimos manter, podemos nunca mais a possuir connosco… podemos nunca mais a ter em nosso poder, podemos deixar de ter o nosso céu enfeitado com a estrela perfeita, passando a ter um céu apenas com numerosas estrelinhas quase que insignificantes, com pouca importância para nós, na realidade.
Por vezes tentamos “tapar os olhos com a peneira”, dizendo que se encontrou a verdadeira sorte, porque lutar já não está nos planos. Dá trabalho, não é? Acabamos mesmo por nem saber o que perguntar! Quantas mais perguntas se fazem, maior a balbúrdia e, então, as pessoas fracas de espírito deixam-se contagiar com esta fragilidade, calando-se aos problemas por que passam… e então o panorama é o seguinte: problema por resolver? «Passa para outro assunto! Não vale a pena persistir! Novas opções virão!». Agora eu pergunto: e se não vierem? E se deixámos a estrela morrer por falta de perguntas, por preguiça e desleixe? E se já for tarde de mais para a repor na nossa vida? Surge o arrependimento, a mágoa, o sentir de uma má opção. Mas a vida é feita de boas e más opções não é? Pois, talvez… Pode ser que tenhamos sorte em errar apenas num pormenor não muito significativo.
Por que teimamos em ser cegos? Por que por vezes não conseguimos ver para além do que está à vista de todos? Por que somos tão pouco racionais em relação a vários aspectos? Por que nos falta tanta originalidade? Hoje, a caminho de casa, reparei no céu…estava um céu nublado. E então, que tem de mal? O dia continuava a não ser assim tão mau… Se temos connosco as pessoas que mais adoramos, que importa a maneira como o céu está, a cor, a forma? Reparei ainda num lindo ser vivo mais livre que qualquer um de nós… ele voava, rodava… parecia feliz, e eu fiquei também satisfeita! Há coisas que primeiramente parecem insignificantes mas que, efectivamente, têm a sua importância bem fixa. Se conseguimos descodificar enigmas deste tipo, porque não partir para um nível mais elevado? Porque conter sempre a mesma rede de preocupações? Preocupações estas de pouca relevância…
A verdade é que é preciso encontrar o foco da nossa vida, procurar bem é essencial e pensar ainda melhor é mais importante ainda, antes de largar a nossa preciosidade… Vamos procurá-la e colocá-la no local ideal…